Rede envolve diversos atores culturais e socioeconômicos da cidade, em busca de fomentar a economia local
A Prefeitura Municipal de Cabedelo (PMC), por intermédio das Secretarias de Turismo (Setur) e Cultura (Secult), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas na Paraíba (Sebrae-PB), promoveu, nesta quarta-feira (19), no Centro Cultural Mestre Benedito, a abertura do Plano Municipal de Economia Criativa.
O evento cadastrou e reuniu diversos agentes e representações de ações cabedelenses que estão inseridos nos segmentos de artesanato, artes visuais, audiovisual, design, música, tecnologia da informação e comunicação (Tic) e que receberão acompanhamento e consultoria para desenvolver seus negócios, criando e fortalecendo uma Rede Criativa que contribuirá para a reconstrução de uma nova identidade econômica para a cidade.
Além de Cabedelo, as cidades de Queimadas, Campina Grande e a capital João Pessoa foram contempladas com este projeto. Porém, somente na cidade portuária, a PMC disponibilizou a iniciativa de forma gratuita para a população . A parceria busca, num período aproximado de 4 meses, prestar consultoria nas empresas que visam a transformação de negócios convencionais e tradicionais em negócios criativos, além de integrarem uma rede compartilhada de agentes que se conectem e criem produtos que progridam com arte, comunhão e trabalho.
“Anteriormente a esse momento, tivemos encontros e etapas que já visavam a formação da Rede Criativa de Cabedelo. Essa concretização vem fortalecer os movimentos culturais linkados com a necessidade de um produto que possa dar uma identidade para cidade – turísticamente falando, obviamente, mas também de conhecimento. Trabalhamos juntos com a Secult para achar o cerne de todo processo e buscamos o apoio do Sebrae. É importante que essa rede consiga mesmo se conectar às estruturas culturais e nos gere produtos efetivos, para que tenhamos um turismo de resultados e que possamos produzir nas pessoas a vontade de visitarem Cabedelo porque temos movimentos na rua, música pulsante, artesanato identificado, etc… E a gente passe a se apropriar culturalmente do que nos pertence”, destacou a secretária de Turismo, Vera Simões.
A palestra de abertura foi ministrada pela consultora mineira Míriam Rocha, da Associação de Cultura Gerais (ACG), que se baseou na importância do desenvolvimento de arranjos criativos, da organização e criação de bens e serviços de forma compartilhada, estimulando o trabalho em rede, incentivando o processo criativo e da elaboração coletiva ancorada nos conceitos de economia. Míriam, que já conheceu experiências de grande sucesso em todo o Brasil – como a “Babilônia Feira Hype” do Rio de Janeiro-RJ e a “La Grue Bazar” em Fortaleza-CE – demonstra muita expectativa com Cabedelo.
“Eu adorei esse encontro aqui em Cabedelo, primeiro porque veio um público fantástico e depois porque a rede já está criada. Basta termos o compromisso de integrá-la e fazer com que aumente, através da cultura de Cabedelo que é muito forte e que é muito participativa. Vocês tem pedaços de ouro! Se juntar tudo vira uma peça enorme e de valor intangível. Agradeço pelo acolhimento e pela estrutura disponibilizada pela Prefeitura, que está de parabéns. Estou impressionada. E acredito muito em Cabedelo”, disse..
Comerciantes de diversas áreas, agentes culturais, artistas, artesãos, blogueiros, cineastas, fotógrafos e músicos participam do projeto e teceram comentários positivos após o primeiro encontro.
Wellington Nascimento é microempresário do ramo de artes visuais, camisaria e estamparia e revelou seu entusiasmo com a criação da rede: “Nos próximos encontros espero que as pessoas se integrem mais ainda ao projeto, para que a gente consolide uma rede compartilhada em vários segmentos. Todos devem ‘botar a criatividade pra fora’. Isso é uma sacada de mestre, porque tudo parte do conhecimento. Lá na frente podemos ter uma geração que não vai tá mendigando algo. O poder público hoje está dando a linha, o anzol e a isca, não tem nada melhor que isso”.
A artesã e lojista, Anelise Macedo complementou o pensamento dos participantes da rede: “É um projeto inovador para Cabedelo e para nós, artesãos, porque ele vem com propostas para nos dar suporte e melhorar nosso trabalho, capacitar e nos mostrar novas ideias para que a gente possa trabalhar com sustentabilidade e trabalhar a rede criativa para unir vários produtos e segmentos, integrando uns aos outros para que possamos produzir e divulgar melhor os nossos produtos”, finalizou a artesã.