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Secretaria de Assistência Social

Autor: Secom

Cabedelo lembra Dia D da luta Antimanicomial com caminhada e ações do Caps  

A Secretaria de Saúde de Cabedelo, por meio do CAPS I – Porto Cidadania – e do CAPS II AD – Primavera, realizou, nesta quarta-feira (31), o dia D da luta Antimanicomial. A ação contou com uma caminhada saindo da praça Getúlio Vargas até o Cabedelo Clube, com os usuários, familiares e funcionários dos serviços. […]

01/06/2023 10h44 Atualizado há 4 meses atrás

A Secretaria de Saúde de Cabedelo, por meio do CAPS I – Porto Cidadania – e do CAPS II AD – Primavera, realizou, nesta quarta-feira (31), o dia D da luta Antimanicomial. A ação contou com uma caminhada saindo da praça Getúlio Vargas até o Cabedelo Clube, com os usuários, familiares e funcionários dos serviços.

O momento também contou com a palestra da psicóloga, especialista em educação e saúde, Janaína Demeri. Segundo ela, o movimento da luta antimanicomial surgiu com o intuito de mostrar que existem outras formas de cuidar do doente mental, além das formas que eram ofertadas anteriormente.

“A saúde mental pode e deve ser tratada em toda rede de assistência à saúde. O CAPS é apenas mais um dispositivo para cuidar, mas o doente mental ele pode ser tratado nas unidades de saúde da família; na policlínica, com o tratamento psiquiátrico e também no hospital, de acordo com a necessidade do paciente, respeitando o tempo e a história de cada um”, explicou.

Para os usuários, o tratamento que é ofertado pelo serviço faz a diferença na vida deles. Lá eles encontram acolhimento, orientação, assistência médica e psicológica.

O senhor Ednaldo de Oliveira, 55 anos, morador do Centro, tem transtornos mentais desde criança e, ao longo da vida, se tornou usuário de drogas. Depois de passar por 16 internações em manicômios de João Pessoa, ele tem propriedade para se engajar nessa luta.

“As internações nos manicômios era muito ruim, a gente ficava sem dormir direito, muitas brigas com quebra de camas, a gente vivia muito nervoso. Ficava muito tempo sem visita, abandonado, amarrado numa corda, fazia as necessidades ali no chão mesmo. Agora com o CAPS é muito diferente. A gente só tem que elogiar, eu vou lá, passo o dia, tomo café, almoço, tem as aulas, tratam a gente bem, com respeito, recebo palavras muito bonitas que, às vezes, nem em casa tem”, relatou.

Para Flávia Trajano, diretora do CAPS AD, essa é uma luta constante desde a década de 70.

“A cada ano conseguimos avançar um pouco mais. A nossa luta é para que esse modelo antigo, onde não existe um tratamento digno para o paciente, não retorne. É preciso fortalecer os serviços substitutivos de saúde mental, onde o paciente é visto e tratado como pessoa, sujeito de direitos, na perspectiva de acabar com os serviços manicomiais”, finalizou.


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