A Prefeitura Municipal de Cabedelo (PMC), por meio da Secretaria de Educação (Seduc), realizou, nesta quarta-feira (29), mais uma edição da formação continuada em Educação Inclusiva voltada para os cuidadores de alunos com deficiência do município. A iniciativa teve como objetivo aprimorar os conhecimentos voltados à prática do trabalho e à nova proposta de análise de desenvolvimento do aluno.
A formação, realizada Cabedelo Clube, contou com a participação de 150 cuidadores e supervisores escolar, divididos em duas turmas e ministrada pela equipe de educação inclusiva do município. Foram abordados tópicos sobre a contribuição do cuidador em sala de aula, funções atribuídas ao cargo e proposta de análise de desenvolvimento semestral do aluno, feita no primeiro semestre deste ano em caráter experimental.
Segundo Socorro Feitosa, coordenadora da Educação Inclusiva, a reunião do grupo, além de capacitá-lo, é uma oportunidade de apoiá-lo nas dificuldades da profissão.
“Cabedelo sai na frente mais vez, promovendo capacitação na educação inclusiva não só para professores, mas também para os cuidadores. Esse é um momento em que eles param para aprender mais, e também exprimem suas dificuldades. É uma oportunidade de reflexão e de convívio com outros cuidadores, e eles podem perceber que não estão sós, que outros enfrentam as mesmas dificuldades. Também podem perceber que têm uma equipe de educação inclusiva e a escola que os apoia, para que esse trabalho seja desenvolvido com amor e com respeito aos alunos em sala de aula”, disse.
Socorro também explicou que o foco da avaliação semestral é direcionar o trabalho do cuidador para uma melhor evolução do desenvolvimento do aluno com deficiência.
“A avaliação inicia-se na acolhida do aluno, desde a aprendizagem escolar, o desenvolvimento de atividades diárias, até as habilidades que ele traz para que o cuidador possa trabalhar com esse estudante durante o ano letivo. A partir do conhecimento dessas necessidades, são elencados os aspectos para desenvolver em cada atividade e quais estratégias a serem aplicadas no decorrer do ano para que haja uma evolução satisfatória”.
Educação Inclusiva – O corpo de profissionais do município atende a cerca de 220 alunos com deficiência de creches e escolas, auxiliando na locomoção, alimentação, higiene pessoal, contribuição no desenvolvimento das atividades escolares, entre outras assistências de acordo com a necessidade do estudante. Dentre as deficiências atendidas estão a física, visual, auditiva, intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA), entre outros transtornos.
Para que o estudante com deficiência integrado à escola venha a ter um cuidador é necessário que a instituição solicite à Seduc uma avaliação por parte da equipe de Educação Inclusiva.
Para Roselliny Araújo, supervisora do fundamental II na Escola Plácido de Almeida, que participa da formação pela primeira vez, participar do evento é uma questão de necessidade, pois com base no conteúdo apresentado é possível fazer o acompanhamento do trabalho do cuidador.
“Essa é a minha primeira formação de educação inclusiva, pois assumi a supervisão recentemente, e apesar de já ter algum conhecimento prévio, a maneira como é desenvolvida aqui já me abriu um leque de ideias e de coisas que eu não estava acompanhando com os cuidadores por falta de formação. A partir do conhecimento nós temos a capacidade de fazer o melhor.”
Maynara da Silva Chaves atua há dois anos como cuidadora na Escola Silvana de Oliveira Pontes, onde acompanha uma criança de 6 anos com TEA. Ela comentou o papel do cuidador no desenvolvimento das crianças e a importância da formação para o trabalho.
“Estar aqui me ajuda a aperfeiçoar a maneira de lidar com o aluno, e como nos é orientado, incentivar a independência deles. Nós entendemos que somos capazes de incentivá-los a fazer coisas que a gente nem imagina, eles surpreendem a gente demais. Quando o aluno chegou pra mim, ele não comia sozinho e era muito dependente com relação às necessidades fisiológicas. Hoje, ele está bem mais independente. Esse ano ele teve uma evolução enorme, conseguiu escrever o nome dele, conhece todas as letras do alfabeto, os números e as cores. A maior dificuldade é a coordenação motora, mas estamos trabalhando para superar”, finalizou.
Secom Cabedelo