Apresentando à comunidade cabedelense as atividades realizadas ao longo do ano, o Centro de Artes e Cultura Escolar realizou, nesta sexta-feira (30), na Fortaleza de Santa Catarina, a Exposição África em Nós e a IV Noites de Danças Orientais.
A Exposição reuniu cerca de 300 alunos de 12 escolas e uma creche do município, do Centro de Artes e de duas escolas convidadas, que trouxeram trabalhos artísticos desenvolvidos nas aulas de Artes dentro da temática da cultura africana.
A Noite de Danças Orientais, sob direção da professora de danças Sílvia Xavier, também teve o enfoque nas danças africanas. O destaque ficou por conta das apresentações de danças marroquinas e egípcias, dançarinas convidadas de Campina Grande e Natal e dos grupos de dança do Ventre do Centro de Artes e da terceira idade do Centro de Convivência do Idoso.
O África em Nós contou com a exposição de artes visuais, composta por desenhos, pinturas, máscaras, negras africanas, instrumentos e maracás. Dança do ventre, populares e urbanas, violão, flauta e teatro também fizeram parte das apresentações, demonstrando a importância da cultura negra para a nossa história.
“Para chegar nesse resultado, nós fizemos primeiro um trabalho de contextualização sobre a cultura africana e em seguida apresentamos a parte visual para que posteriormente eles pudessem ir para o fazer artístico bem consciente. E através dessa abordagem eles puderam compreender que a nossa cultura é muito influenciada pela africana, que na verdade, nós somos herdeiros culturais de lá.”, destacou a coordenadora do Centro de Artes, Fátima Queiroz.
“Dentro do planejamento, eu já abordo a questão africana em referência ao dia da Consciência Negra, e nesse ano nós só expandimos a temática. Me inspirei nos trabalhos da artista plástica Rosana Paulino, carioca e negra, que trabalha com gravuras, recortes de personalidades, e fizemos uma releitura desses trabalhos. Como a maioria dos nossos alunos descendem de negros e índios, e se reconhecem como tal, nós tivemos uma adesão bastante significativa, e o resultado nós trouxemos aqui para dividir com as demais escolas”, relatou Sandra Maria, professora de artes da Escola Plácido de Almeida.
Entre os alunos que participaram da Exposição, a satisfação em observar as apresentações e os trabalhos expostos era notória. Foi um momento de contemplação e de troca de experiências.
“É muita coisa bonita que os colegas fizeram. A gente aprendeu mais sobre a cultura deles, as roupas, cabelos e é legal saber que os desenhos que a gente fez estão aqui na exposição”, disse Tayná Santos de Melo, 10 anos, moradora do Jardim Manguinhos e aluna da Escola Edlene de Oliveira.
“A exposição está bem bonita. A cultura africana é bem colorida e remete à liberdade que eles lutaram tanto pra conquistar. Uma coisa que eu entendi é que eles se valorizam bastante, ao contrário de muitos por aqui que tentam negar suas origens”, completou Itauana Vitória Lima, 13 anos, moradora de Várzea Nova, aluna da escola convidada Carlos Arnóbio.
Secom Cabedelo