O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) realizou, nos dias 17, 18 e 20, seus seminários finais em Cabedelo. Sob o tema “Compartilhando práticas e saberes”, os encontros abordaram relatos de experiências e amostras pedagógicas dos trabalhos desenvolvidos dentro das instituições escolares.
Na terça-feira (17), o encontro foi com os articuladores do Programa Novo Mais Educação (PNME); na quarta (18) foi a vez dos supervisores e professores da educação infantil; e na sexta-feira (20), com professores e supervisores do ciclo da alfabetização. Ao todo, participaram do evento 160 formadores e mediadores, que apresentaram as ações desenvolvidas nas escolas no período compreendido entre outubro de 2017 e julho deste ano.
O Pnaic é um compromisso formal assumido pelo Governo Federal, Estados e Municípios para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade, ao final do 3° ano do ensino fundamental. Cabedelo participa do Pnaic desde 2013 e, esse ano, tem como alvo as áreas de letramento e matemática. Os professores das séries iniciais recebem formação para desenvolver atividades com foco na defasagem dos alunos que promovam o crescimento intelectual dos discentes.
Segundo a coordenadora local do Pnaic, Selma Ferreira, é através dos seminários finais que as boas práticas são compartilhadas para, posteriormente, ser adaptadas à realidade de outras turmas, sempre objetivando melhorar ainda mais os índices de alfabetização na idade certa do município.
“O Pnaic surgiu a partir da observação da deficiência da alfabetização, especialmente na escola pública, onde ficou comprovado que o letramento estava acontecendo tardiamente, ou o aluno chegava ao 9º ano sem conseguir interpretar um texto. Esse Pacto veio trazer muita coisa nova para os professores, muitas ideias. Nesses seminários finais nós podemos ver muitos trabalhos criativos, tais como a confecção de livros, teatro, trabalhos de matemática aplicados à realidade dele, construção de maquete. São essas vivências facilitadoras que fazem a diferença na vida das crianças e, ao serem compartilhadas, passam a ser aplicadas em outras salas de aula.”, explicou.
Segundo Edja Barros Vital, professora da escola Adjuto Carlos de Morais, a atuação do profissional e a aprendizagem sofreram mudanças significativas desde 2013 que facilitaram o processo de alfabetização.
“Houve uma mudança na aprendizagem muito significativa na vida das crianças, a gente pode perceber que a maneira do professor trabalhar certos conteúdos facilitam o aprendizado. As trocas de experiências, a forma como as coordenadoras apresentam esse novo modelo de ensinar e aprender, nos ensina muito, como trabalhar a interdisciplinaridade. Usando um gênero textual como a fábula podemos trabalhar várias disciplinas; na ciência, podemos falar sobre os animais, o habitat; na geografia sobre o tipo de habitação, se é na zona rural ou urbana… Também podemos estudar a ortografia, matemática, meio ambiente através da reciclagem montando uma maquete… São inúmeras possibilidades que esse novo modelo nos apresentou, e que faz com que a criança apreenda os conteúdos de maneira mais lúdica”, finalizou.
Secom Cabedelo