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Autor: Equipe SOGO

No Dia Nacional do Folclore, tradição do Boi Formoso é homenageada pela Prefeitura Municipal de Cabedelo

“Boi, boi, boi, vem prá cá/mostra pro povo cabedelense /que a festa vai retomar/Êêêêêê, meu boi!”. A voz firme que entoa o canto de abertura dos folguedos do Boi Formoso de Cabedelo é de Evilásia Lourenço, professora de artes, brincante e fundadora do grupo que, numa trajetória de 20 anos, construiu uma história rica de […]

22/08/2018 12h46 Atualizado há 3 anos atrás

“Boi, boi, boi, vem prá cá/mostra pro povo cabedelense /que a festa vai retomar/Êêêêêê, meu boi!”. A voz firme que entoa o canto de abertura dos folguedos do Boi Formoso de Cabedelo é de Evilásia Lourenço, professora de artes, brincante e fundadora do grupo que, numa trajetória de 20 anos, construiu uma história rica de experiências e compromisso com a cultura e as manifestações culturais do povo da cidade.

O Dia Nacional do Folclore (22 de agosto) marca, também, a fundação do grupo Boi Formoso, que surgiu em 1996 a partir de uma pesquisa sobre danças folclóricas, na Escola Municipal Adolfo Maia. A iniciativa tinha como objetivo integrar o alunado à vivência com a dança folclórica e, através dela, contribuir com a educação integral. Processo que incluía a sensibilização através da arte para que os jovens pudessem ampliar e transformar seus conhecimentos interdisciplinares, por meio do mergulho nas tradições.

“Fui a primeira professora de artes em Cabedelo e comecei com um trabalho em Manguinhos com o pastoril. Daí, a partir da gestão da Secretaria da Educação à época, fui para a Escola Adolfo Pereira Maia e demos início a uma pesquisa sobre a cultura popular. Partimos para os ensaios, primeiramente tomando como exemplo o Boi de Parintins. Começamos a ensaiar uns passos e a montar o grupo que, durante vinte anos, conseguiu se projetar tanto na cidade como fora, participando ativamente de muitos eventos e levando o nome da cultura cabedelense para além de seus limites”, contou Evilásia.

De acordo com ela, o grupo conseguiu, a partir do apoio inicial da Secretaria de Educação, movimentar a cena cultural da cidade com apresentações e participação nos projetos em locais como as escolas, a Fortaleza de Santa Catarina, o Porto com a recepção aos turistas. Também em eventos como encontros e Mostras realizadas por instituições como Sesc, UFPB.

“Esporte e cultura são os passaportes para cidadania de qualquer povo. São eles que dão suporte para a educação e tem o poder de contribuir para o processo de afastar os jovens de outros caminhos. O Boi Formoso foi criado e ganhou corpo através do trabalho desenvolvido na escola, a partir de um núcleo que chegou a contar com 35 participantes. Infelizmente, como em qualquer iniciativa, sofremos com a dispersão, pois muitos foram estudar, trabalhar, casaram, enfim, foram levar suas vidas. Mas a essência permanece viva e não tirou a nossa convicção de que foi um trabalho importante na vida deles enquanto cidadãos”, finalizou.

Sobre o Boi Formoso – O Boi Formoso de Cabedelo foi organizado na Escola Municipal Major Adolfo Pereira Maia, a partir de uma pesquisa sobre Danças Folclóricas, como a do Boi-de-Reis, originada da Cultura Afro-Brasileira no Período do Brasil Colônia. No início, os escravos utilizavam um lençol estampado na cabeça, dando cabeçada nas pessoas, que se defendiam com passos ritmados. Depois, passaram a utilizar instrumentos de percussão, como pandeiro e a rabeca.

A dança representa uma história da Cultura Popular, em que a personagem Catirina, grávida, tem desejos, e pede ao seu marido, o fazendeiro Benedito, a língua do Boi que ele mandou comprar no Egito.

O 1º nome dado ao grupo, em Cabedelo, foi Boi-Bumbá. Boi Formoso, posteriormente batizado, é uma homenagem à Praia Formosa, localizada na cidade portuária.

Secom Cabedelo


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