A Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPM) promoveu, nesta segunda e terça-feira (20 e 21), mais um workshop de crochê em parceria com as Linhas Círculo S/A. O evento, realizado no IFPB – Centro, teve como objetivo aprimorar os conhecimentos das 50 artesãs cabedelenses que compareceram, possibilitando a geração de emprego e renda.
O curso, ministrado pela professora representante da Círculo, Renata Vieira, teve carga horária de 12 horas e trouxe as novidades de mercado e novas técnicas de tecitura.
“Nós contamos aqui com um grupo de artesãs que já sabem crochetar, mas essa nossa parceria com a Círculo tem gerado muitos frutos. A cada workshop que elas participam, vão aprendendo novos pontos, ganhando mais experiência e empoderamento. Elas passam a perceber que é possível alçar voos mais altos através do artesanato. Muitas peças produzidas por esse grupo já foram expostas e vendidas para outras cidades. No próximo mês, por exemplo, estaremos participando do Extremo Fashion”, pontuou o coordenador do Projeto Ondinas, Léo Mendonça.
O destaque do workshop ficou por conta da praticidade e economia. Renata Vieira trouxe propostas de peças de baixo custo e alta rentabilidade. Ela demonstrou que é possível produzir peças atrativas com pontos básicos e pouca experiência.
“Eu vim apresentar ideias criativas, com pontos simples e de baixo custo. São peças econômicas, atrativas e de retorno rápido. Todas as meninas já sabem crochetar e, apesar de algumas só saberem pontos básicos, é possível incrementar para fazer o básico se tornar chique. Para produzir a maioria das peças que eu apresentei, é necessário apenas um novelo de linha, o que garante uma melhor lucratividade. São peças criadas pensando na profissionalização delas”, explicou a artesã.
Dentre as participantes, é fácil encontrar quem faz o crochê de forma profissional e também como terapia. É o caso de dona Maria de Fátima Gomes da Silva, moradora de Jacaré. Há 6 anos, por conta de uma doença, ela deixou o trabalho e entrou em depressão, mas encontrou no crochê a complementação da renda e a cura da depressão.
“Desde minha juventude eu já fazia peças para mim e para casa, mas como eu trabalhava como doméstica não tinha tempo para me dedicar. E há 6 anos fui diagnosticada com fibromialgia e não consegui mais voltar ao trabalho, fiquei só em casa. Foi quando surgiu a oportunidade de retomar a fazer crochê com o grupo Ondinas. há 4 anos encaro como um trabalho. Não tem rendido o suficiente para as minhas necessidades, mas tem me ajudado bastante, inclusive superei a depressão dos primeiros anos da doença.” testemunhou.
Secom Cabedelo